Desvendando a Ansiedade: Mais que um Sintoma, um Sinal Histórico
- Ivana Siqueira
- 23 de abr.
- 1 min de leitura

A ansiedade, frequentemente vista como uma intrusa desagradável em nossas vidas modernas, carrega na verdade um legado evolutivo profundamente enraizado em nosso DNA. Historicamente, ela servia como um alarme essencial, um sistema de alerta precoce que preparava nossos ancestrais para fugir ou lutar diante de perigos iminentes. Nos dias de hoje, embora raramente enfrentemos as ameaças físicas que moldaram nossos instintos, a mesma reação visceral à perceção de perigo ainda se manifesta, só que em um contexto diferente.
Para quem vive a ansiedade no dia a dia, compreender sua origem pode ser um alívio. Saber que esses sentimentos têm uma base funcional nos ajuda a abordar a ansiedade com menos julgamento e mais empatia por nós mesmos. Ao reconhecer que a ansiedade é, de certa forma, uma herança que nos conecta a um passado distante, podemos começar a vê-la como um sinal, não de fraqueza, mas de nossa intrínseca humanidade.
No entanto, a realidade é que, em um mundo onde as ameaças são mais psicológicas do que físicas, a ansiedade pode se tornar crônica e desproporcional, afetando nossa qualidade de vida. Aqui reside a importância de aprender a calibrar esse mecanismo antigo para que ele sirva a seu propósito sem nos sobrecarregar. Através de técnicas modernas de gestão de estresse, como a terapia cognitivo-comportamental e a prática de mindfulness, podemos ajustar nossa resposta interna ao 'alarme' da ansiedade, ensinando nosso cérebro a distinguir entre um perigo real e uma preocupação infundada.
Este post foi inspirado pelo livro Livre de Ansiedade de Robert Leahy
Comments